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...qualquer coisa estranha no meu peito magro se inclina a fechar-me em cova, como se o sonho estivesse nas minhas mãos e os olhos se fechassem por mim adentro. qualquer coisa faz com que me abracem na estranheza do gesto, sem verem como estou dorida... garras da ave que se deita no meu peito e se curva a debicar, como se o sonho fosse uma estrada sem saída, e me trouxesse o tempo certo pra ver o meu caminho fechar-se mar adentro. qualquer coisa faz com que me beijem na frieza do gesto, sem verem as feridas que me embalam, como se não partilhássemos a mesma dor, dia a dia, num caminho que me trava os passos... como se o sonho fosse o silêncio minha alma adentro.
...talvezumdiatambémmeescrevamprofundasinceraeabsolutamente.ponto.
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Moscovo.